Capa vazia

25 maio 2009

Não consigo discorrer longamente sobre as piadas da vida, que prezo acompanhar. Melhor mesmo é apenas reproduzí-las, ainda que distante da graça:

Fila de supermercado, amigos universitários- dois pares ou casais.
...
Um: - Compre esse barbeador pro seu irmão.
Outro: - Meu irmão é mesmo barbudo... acho que puxei minha mãe, que não tem barba nenhuma.
Ninguém: Ri

Não parece mas é boa e eu vou lembrar por muito, para rir mesmo sozinho estando certo de que a gente vai ficando ainda mais abestalhado com os anos passando e a barba crescendo. Ou não.

Chiclete de pasto

Nada como comer onde não se come nada de origem animal, nada industrializado, acompanhado por pessoas com cara de nada.
É nada de gosto ou nada em desgosto?

20 maio 2009

H&A

Algumas vezes parece já estar forjado o ferro elétrico para nos marcar, com o estigma da heteronomia e alienação.

Quero mais o estigma da botânica: a abertura superior do pistilo, órgão feminino dos vegetais fanerogâmicos, por onde entra o pólen.

Que haja o futuro, no qual a transgeracionalidade humana não degrade tudo que é támbem outra possibilidade de reprodução e "recriar-se". E ajamos pra acontecer recreação... natural.

19 maio 2009

Há sempre casos apaixonantes além, e próximos, das dores cotidianas.
Assistir e ser assistido sem que seja feito como beatitude ou como quem demanda rescisões e ressarcimentos.
Apenas com os receios esperados. Necessários ao fazer implicado, questionante e não opressivo.
Confiança para depois de todos desconfiares.

17 maio 2009

Tenho muitas roupas,
Ou uso poucas.

Asseio

Há desprazeres naturais:
Como o dia em que a unha parar de crescer,
E eu, certamente,
Sem estar aqui para ver.

11 maio 2009

Malesta, és gigante até quando nos mostra em fuga.
Achincalhando nossa maleita
Na sua pseudonomática (Não entendo tais vergonhas!) revelação.

Augusto, os Anjos do apocalipse haveriam de sê-lo!
Se estes pudessem ser reais e tão poéticamente convincentes.

Há quanto adoentamo-nos assim?

As pontes não devem ruir.
Espero breve contato para poder,
De fato, tentar restituir
Afetuoso aftoso admirar e crer

E, sem seda a rasgar, fluir.
O que admiro,
E minoro ao ver

E façamos risos para
O depois
Da descrença.
Do humanismo
Sem fé.

10 maio 2009

SOS maternagem.( Eita mãezada mãezonas)

Só você pra me sacar um escrito manhoso.
Maneiro(mineiro). Manteiga.
Acho que é mais fácil alguém me colocar no sério
Do que me tirar dele.
Você nunca me deixa puto da Vida.
(pelo menos não um puto qualquer)
Não sei quem enaltece quem,
Nem o que é enaltecer.
E assim vou tecendo.
Estou muitas vezes onde
Estive.
Algumas vezes é sem busca e
Faz-se contragosto,
Mas sempre trago o olhar Disposto
A depor aquilo que me
Ensinaste ser mal.

Observo o pouco profícuo,
Olho e reflito
Estou buscando meu desejo,
Ensejo minha busca.

Há tantas opções,
Minha estima fica contente com possibilidades que se
Me apresentam.(essa é das grades, das grandes)
Meu desejo nasceu grande,
E meu tudo fica pequenino.
Não sofro sempre.
Posso pesquisar tanto.
Ando certo de que a Satisfação plena
É utopia.
Há sempre descobertas.
Nelas hei de estar descoberto.
Somos desejantes e
Tomo tantos desejastes.

Haverá sempre o além, mas
Verá que acharei o que me Convêm,
O que me contêm,
E os que me convidem.

Os contentamentos são frutos
De meu ser conveniente, útil,
Proveitoso, decente.
Do concordar; ser do parecer
De outrem.
Corresponder, ser conforme.
Ou combinar mutuamente.


Faço-me amor em ti,
Reservo o dia, conveniência
Nessa nossa , que ri,
Comunhão por decência.

Poderia ser contínuo,
Mas assim,
Podaria o que posso em mim.

Entretanto,
Hoje sou riso e não pranto.

Sou caça,
Raça
E amor.
Poema sem dor
Angústia criativa
Uma feição ativa
Que busca e cativa.

Hoje sou apenas um presente.
Seu parto.
Sente?

Presente devia ser:

Um carro,
Um barco,
Um vestido,
Um livro,
Seu desejado sonzinho,
Mas posso:
Grande e
Pequenamente
Oferecer
Esse pedaço (virtual) de carinho
Essa minha gratidão que é uma viagem,
Coragem e voragem.
Apresentação que requer sensibilidade
Pra saber amor sem preço.

Se não me esqueço

Ainda sabemos amar.
Fazer graça.
De graça,
No bairro sem praça.

A distância não ameaça

Esse escrito sai da pele
E repele o estrito
Medo restrito

É apelo
Pra que me saiba bem
Pra que esteja também
Pra fazermos sentido
Sermos sentidos

Pedacinho

Dos Infinitos

08 maio 2009

Quem disse?

Quem diz que algo é como uma faca no coração provavelmente não fala por experiência própria.

04 maio 2009

Pra curar a gente tem que militar entre civis?
E pra cuidar?
Basta ser cuidadoso?