Capa vazia

24 abril 2007

Tostine insosso.

Novas rugas para velhas rusgas.

prole

O rebento febrento,
É virado em pirado.
Irado.

Arrebenta as casas,
Invade, incita.
Corre e, quase sempre,
Sai ferido.
Amigo.

19 abril 2007

intriga onírica

Quase nunca lembro dos meus sonhos. Mas sei que muitas vezes são batalhas letárgicas contra a imobilidade do não poder se defender. Também muitas vezes sou um sonho da culpa que nunca entendi carregar. Eis que um dia, entre tanta nebulosidade, acontece-me um estalo estranho acompanhando o levantar.
Sem a menor compreensão do acontecido, acordo gritando:

- Para muito além do terror e da vida.

Quem seria eu? O que acontecia naquela hora?
Será uma máxima amarga?Será esperança?

Intrigante

12 abril 2007

Mea sombra

Diante do meu mar de marasmo,
Pensamentos dissolutos
E codígos incongruentes,
Nenhuma morte é precoce.
Que faça sentido quando
Buscarem, se o fizerem,
O porquê disso tudo.
Foi-se tarde, e em vão.

Nexo nunca é o forte,
A vida nunca teme a morte.
É um flerte insano e sem razão.
Não é paixão.
Não é amor.
Nem desgosto.

Esgotado desde o começo,
Recobro sentidos e reapareço,
Rimas subversivas e pueris,
Buscas lascivas e sem fim.

O monstro da desesperança
"Me assombra".
Minha sombra,
Vive em refestança.
Regozijo.
Retardamento.
Controle do incomensurável,
Indeterminável.
Distante de mim.
Sem mim.
Paladar amargando,
Palavras ou toques?
Patinando ou com torque?

Parado eu continuo.
Numa ansiedade enfadonha.
Num tédio frenético.
Torpe
Entorpecido.
Entorpecendo.
Fálico
Falho.
Distante de mim.
Sem fim!

Destino


Desatino


Desistindo

Falácia, galhofa e picardia

Pundonoroso, pernóstico.
Brio, denodo, decoro,
Zelo, intrepidez e honra.

As conchas que ecoam mentiras,
metidas em espaços incólumes.
Intactas, ilesas, sãs e salvas,
livres de perigo.

Irrisório, sem importância.
Sempre será assim
quem não adentra e profana,
subverte o ocaso da própria exclusão.

Somos garbosos, mas sem compaixão.
Ardilosos quiméricos.

delirante

Bombom de banana e
Chiclete de pasto.
Bacalhau de sardinha e
Comércio de mato.
Ave Daninha e
Erva de passarinha.
Onde a coruja dorme,
O sabiá canta mais alto.
No equidistante excluido,
Morre a luz e o asfalto.
Os relaxamentos são
Reflexos da tintura
Formol, alisamento
E pintura.

08 abril 2007

frase de caminhão.

Continuo tentando afogar minhas mágoas, mas as danadas aprenderam a boiar.