Capa vazia

31 outubro 2008

Festa do Helloween
Festa do Rala o hímem
Festa do Hello Winner
Hello Loser!

25 outubro 2008

Distrações (caminhares urbanos e fossa nova)

A gente pula o deitado,
E derruba o "de pé".
Respingado de vômito,
Com urina no pé.

Um tenta abraçar o poste,
Mas o objeto reage.
Num pêndulo doido,
O primeiro se bate.

O banheiro sujo,
Está mais animado.
Com seu vaso assanhado,
Onde senta o cujo.

E assim vai...
Com mais caminhares urbanos dá até pra fazer uma fossa nova

saberes sem quereres

Sei das minhas limitações em ofertar,
E das nossas restrições em receber.
Mas não estou despotencializado,
Ainda sou relutante em ceder às pressões opressivas.

Com quase nada de meu,
Tenho um pouco de nosso.

Quando desço a Consolação,
E o calor parece insosso,
Sou osso.
Que verga e reluta em rachar.
Busco, e crerei achar,
Gôsto.

Já as suas limitações em ofertar,
E minhas restrições em receber...
Que virem papo para análise.

17 outubro 2008

A polícia civil está paralisada?
Mas será que nem para receber propina eles se movimentam?

04 outubro 2008

Vai parecer tão sério assim no inferno.

03 outubro 2008

Ecologista

Hoje conheci, buscando, o Severino ₢. Mais um José da Silva nas ruas. Dei-lhe latas e algumas moedas. Foi muito pouco comparando ao que tomei.
Pela atenção descobri a trombose nas pernas daquele catador soropositivo que vive nas ruas e sonha em conseguir nova internação no Emílio Ribas:

- TV, banho quente e cama que parece até de um apartamento.

Nossa conversa tem de ser breve, pois ele teme não conseguir vender ainda nessa noite o produto de suas “catanças”. Diz não ser muito fácil dormir na marquise, com a perna direita suspensa para que as veias não estourem, e ainda proteger o grande saco de malucos que já tem coragem de roubá-lo para, na maior parte das vezes, queimar na lata o produto de seu árduo trabalho, a lata. O desespero não tem medida.
Ele tranquilamente relembra ter de ir, ou o depósito fecha. Fala com brevidade sobre a possibilidade de conseguir passagem para retornar a Serra Talhada*, Pernambuco. Conta da oferta, e não sei se é como um alento ou mais uma desilusão.
Tem olhos bons e confessa nunca ter roubado. Pede quando não agüenta mais tomar tantos remédios sem comer.E ainda sonha, com o hospital que lhe poderá conceder o Doutor benevolente.

* Em 1700, a área onde hoje se situa a cidade de Serra Talhada era uma fazenda de criação, pertencente ao português Agostinho Nunes de Magalhães. A propriedade era chamada de Serra Talhada em virtude de uma montanha próxima à sede, a qual é uma ramificação do sistema de montanhas da Borborema, de formação granítica, tendo uma das suas vertentes como que cortada à prumo. (fonte: IBGE)