Capa vazia

25 agosto 2008

Brujeria- El demoniaco

Passo as estações como um trem fantasma.

Um bem bala, que corre ao custo de milhões.

Carrego mortes e amores perdidos.

São passageiros, mas estão assustados.

São 666 quimeras sem penas

É metal pesado, maquinaria bruta.

Não toca os trilhos, mas não entre na frente.

Arranca cabeça, tronco e dente.

É espectro denso.

Infenso às efusões não líricas,

Não é mais um corpo.

Não é mais um papa capado.

É uma exceção e um excesso,

Uma via expressa para o inferno.

esvaziando


Mais uma volta, de muitas re-voltas que já tive com minha capa vazia.
Um re-entorno cantante e catártico como sempre:
Morreu em condições nebulosas aquele lindo cão que sempre teve um pé na cova, e foi acompanhado por companhias preciosas, algumas vezes até mais minhas que dele. Possivelmente já foi querido até por alguns que nunca o viram, mas conheceram na história um pouco tétrica desenhada nesse espaço .Ele está algumas postagens abaixo e agora também algumas cavadas terra abaixo. Sim, o cara preta morreu na condição que lhe cabia. Morte anônima e não esclarecida, enterrado sem a possibilidade do entendimento. Por descuido ou desalento.
Será agora o meu cão etéreo, minha amarra em alma canina.
Segue junto da magrona amarela, que viveu bem menos conosco, mas também partiu não sem dores.
Aquilo que vem morrendo em mim não enterro tão facilmente, continuo revivendo em meu ceticismo crente de quem não pode se desprender de seus desafetos, fetos!
Em breve teremos mais um dia do Psicólogo e meu conselho diz que não posso tirar isso da cabeça, mesmo que densa e espessa. Por qual razão me gritam: Não esqueça?
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