Capa vazia

12 abril 2007

Mea sombra

Diante do meu mar de marasmo,
Pensamentos dissolutos
E codígos incongruentes,
Nenhuma morte é precoce.
Que faça sentido quando
Buscarem, se o fizerem,
O porquê disso tudo.
Foi-se tarde, e em vão.

Nexo nunca é o forte,
A vida nunca teme a morte.
É um flerte insano e sem razão.
Não é paixão.
Não é amor.
Nem desgosto.

Esgotado desde o começo,
Recobro sentidos e reapareço,
Rimas subversivas e pueris,
Buscas lascivas e sem fim.

O monstro da desesperança
"Me assombra".
Minha sombra,
Vive em refestança.
Regozijo.
Retardamento.
Controle do incomensurável,
Indeterminável.
Distante de mim.
Sem mim.
Paladar amargando,
Palavras ou toques?
Patinando ou com torque?

Parado eu continuo.
Numa ansiedade enfadonha.
Num tédio frenético.
Torpe
Entorpecido.
Entorpecendo.
Fálico
Falho.
Distante de mim.
Sem fim!