Capa vazia

04 janeiro 2009

Buscas de quem assiste

Poemas do banho, perdidos como gotas, escorrem no ralo sem tocar o corpo.
São chavões e viram chacotas metalingüísticas. Quase infligindo culpa.
São particularidades que não fazem sentido algum quando não foram presenciais.
São perdas. E publicações masturbatórias, tentativas de um gozo que só foi pleno por não ser recuperável.
Idéias que ficam arranjadas minimamente para o outro mas nem se aproximam do frenesi solitário que só apareceu, maroto, na impossibilidade do registro.
Sou gira-mundo e não me basto espectador escrito, não sou tela-livro.
Não desisto, conto com revisões, salários, divagações e honorários.
Aflito.